terça-feira, 29 de julho de 2014

RP


13h28 aponta o relógio do meu computador. 13h29 aponta o relógio do pulso. Estou perdendo ou ganhando um minuto? Ah, pouco importa. Na prática, ambos estão no mesmo tempo, são apenas números.

Nem sei o motivo que começo a escrever (a mão, o celular só serve para tocar uma música que não escuto mais). Devaneios de alguém que quer se encontrar ou apenas trombar com respostas. “Quem sou eu?” e “o que eu quero?” são umas das perguntas mais frequentes desta cabeça avantajada, como diz o tio desde os primeiros anos de vida.

Ah sim, aqueles pequenos anos de vida. O famoso “eu era feliz e não sabia” ecoa enquanto lembro que a preocupação se limitava em escola de manhã, almoço da mãe, um programa de esporte na TV e o cochilo da tarde. O almoço da mãe foi substituído pelo restaurante, o cochilo pelo trabalho integral e a escola pela faculdade à noite. Lembro-me daquele minuto de diferença entre um relógio e outro, clamando por esse pequeno acréscimo.

“Freia RP”. No momento não podemos atender, consciência. Deixe seu recado após encontrar um caminho mais simples de se viver. Ou sou eu que estou complicando as coisas demais?


Boa pergunta, mas cadê a resposta? Se serve de alento, as melhores respostas são aquelas difíceis de encontrar, mas será que terei tempo para isso?

Tempo, tempo, tempo. Cruel quando precisa ser, confortável quando... quando mesmo? Chega de perguntas. Ô Deus, há como enviar uma luz, de preferência, com exclamações? Ok, vou parar de pedir as coisas (mas se puder, continuo aceitando Sua ajuda, viu?).

A incrível arte de buscar respostas e esbarrar em perguntas. Cada vez mais, as perguntas me torturam de forma maciça. Afinal, do que eu preciso para me encontrar? Solidão? O copo de cerveja me admira enquanto frequento solitário o bar.

Tento conectar os acontecimentos para encontrar as respostas. Ainda nada. Quer saber? Que se danem essas respostas. Deixe que minha vida mostre naturalmente. Quando eu vou achar? Sinceramente, eu não sei. Afinal, quem é que sabe o caminho da felicidade?


AUTOR ANÔNIMO



PS: Recebi pelo Facebook este texto de uma pessoa que pediu para que fosse publicado, mas mantido o anonimato. Ass: Guilherme Cunha

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