13h28
aponta o relógio do meu computador. 13h29 aponta o relógio do pulso. Estou
perdendo ou ganhando um minuto? Ah, pouco importa. Na prática, ambos estão no
mesmo tempo, são apenas números.
Nem sei
o motivo que começo a escrever (a mão, o celular só serve para tocar uma música
que não escuto mais). Devaneios de alguém que quer se encontrar ou apenas
trombar com respostas. “Quem sou eu?” e “o que eu quero?” são umas das
perguntas mais frequentes desta cabeça avantajada, como diz o tio desde os
primeiros anos de vida.
Ah sim,
aqueles pequenos anos de vida. O famoso “eu era feliz e não sabia” ecoa
enquanto lembro que a preocupação se limitava em escola de manhã, almoço da
mãe, um programa de esporte na TV e o cochilo da tarde. O almoço da mãe foi
substituído pelo restaurante, o cochilo pelo trabalho integral e a escola pela
faculdade à noite. Lembro-me daquele minuto de diferença entre um relógio e
outro, clamando por esse pequeno acréscimo.
“Freia
RP”. No momento não podemos atender, consciência. Deixe seu recado após
encontrar um caminho mais simples de se viver. Ou sou eu que estou complicando
as coisas demais?
Boa
pergunta, mas cadê a resposta? Se serve de alento, as melhores respostas são
aquelas difíceis de encontrar, mas será que terei tempo para isso?
Tempo,
tempo, tempo. Cruel quando precisa ser, confortável quando... quando mesmo?
Chega de perguntas. Ô Deus, há como enviar uma luz, de preferência, com
exclamações? Ok, vou parar de pedir as coisas (mas se puder, continuo aceitando
Sua ajuda, viu?).
A incrível
arte de buscar respostas e esbarrar em perguntas. Cada
vez mais, as perguntas me torturam de forma maciça. Afinal, do que eu preciso
para me encontrar? Solidão? O copo de cerveja me admira enquanto frequento
solitário o bar.
Tento
conectar os acontecimentos para encontrar as respostas. Ainda nada. Quer saber?
Que se danem essas respostas. Deixe que minha vida mostre naturalmente. Quando
eu vou achar? Sinceramente, eu não sei. Afinal, quem é que sabe o caminho da
felicidade?
AUTOR ANÔNIMO
PS: Recebi pelo Facebook este texto de uma pessoa que pediu para que fosse publicado, mas mantido o anonimato. Ass: Guilherme Cunha
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