terça-feira, 9 de setembro de 2014

RiUnimed

E então, o feriado de sete de setembro chegou. \o/ E com ele, a marca de 02 anos de blog! Aeeeeeeeee! \o/ \o/ Por motivos de praticidade, vou relembrar meus agradecimentos do ano passado. Basta clicar AQUIIIIIIIII!!

Para comemorar esta data, nada melhor do que ir pro Rio de Janeiro né? Eu também pensei que fosse.

Ahhhh! O Rio! 

Pra começar, eu e a Namorada saímos de casa com direção ao Aeroporto Internacional de Confins, aqui em MG, fazendo planos e imaginamos como aproveitar da melhor maneira possível nossa estadia na Cidade Maravilhosa.

Até que na Linha Verde, o trânsito “embananou”. Mas tudo bem, estava na nossa margem de erro. O que não estava previsto era uma manifestação que fechou a rodovia e fizeram os carros desligarem e os motoristas saírem dos seus carros.

Por 15 minutos, meu sangue começou a esquentar. Já imaginei que não daria tempo, pois ainda precisava percorrer 24 KM até o aeroporto e meu vôo sairia em 1 hora.

Porém, o transito foi liberado e tentei tirar o atraso na estrada, enquanto a namorada tentava fazer o check-in via internet, mas sem sucesso. Cheguei lá às 08:35, sendo que o vôo era às 09:07. Deixei a Namorada com minha carteira em frente ao guichê para que ela pegasse nossos cartões de embarque e fui estacionar o carro.

Só que agora a entrada do estacionamento é única e precisei dar um retorno fora do Aeroporto pra voltar a entrada dele. Quando completei o trajeto, consegui achar uma vaga e estacionei o carro, o telefone toca.

- Vem rápido pois a moça vai fechar o vôo. Corre mesmo.

E lá fui eu, gordo, com uma mochila nas costas e abraçado com uma mala correndo pelo estacionamento. Quem freqüenta o Aeroporto de Confins sabe qual é a distancia entre o estacionamento novo e o guichê da GOL (E sabe como é ridículo ver um gordo correndo, ainda mais de mochila).

Cheguei esbaforido ao guichê, achando que ia vomitar. Enquanto tentava recuperar o fôlego, a moça me disse que não seria possível emitir meu cartão de embarque, pois havia fechado o vôo 1 minuto antes.

Argumentamos que houve uma manifestação na estrada, mas não adiantou. Eu perdi o vôo.

Veja bem. Eu perdi, porque a Namorada conseguiu o cartão de embarque.

Enquanto ela estava no avião viajando, eu estava no guichê da GOL, com sangue quente, e perguntando porque a empresa, vendo que a Namorada estava com meus documentos na mão, não realizou o check-in e emitiu meu cartão de embarque. Não precisava entregar à ela, apenas emitisse e esperasse que eu pegava, pois a moça viu que a Namorada me ligou e sabia que eu estava correndo pelo saguão.

Enfim, não adiantou. Tinha que pegar o próximo vôo mesmo.

Tentei relaxar ao máximo e embarquei para o Rio às 11:30. Na chegada ao Aeroporto Santos Dumont, foi só ligar meu celular que chegou uma mensagem da Namorada: “Me liga assim que chegar”.

Liguei e fiquei sabendo que o Hostel Copacabana em que nos hospedaríamos não havia recebido o depósito de confirmação.

- Mas é claro que não depositei. Ninguém mandou depositar. A reserva foi feita com cartão de crédito.

- Pois é. Mas não localizaram.

Fiz a reserva pelo Booking.com e já liguei pra eles do táxi.

Quando cheguei ao Hostel Copacabana (vou repetir o nome pra ninguém se hospedar lá) descobri que nem o dono estava lá. Uma funcionária tentou me empurrar um quarto compartilhado exclusivo, mas não tinha interesse porque o banheiro era compartilhado. Liguei novamente pro Booking e eles me pediram 20 minutos pra resolver com o proprietário.

Estava até acalmando quando a funcionária me entrega o telefone e diz que o proprietário queria falar comigo.

- (Sotaque carioca Mode ON) Porra parceiro. Mil desculpas aê. Mah acontece que uma funcionária grávida de 07 meses deu entrada em trabalho de parto e outra me largou e mudou pra Portugal. Porra! Tu tá ligado que exas coisas me fodem né? Mah enfim. Pra resolver teu problema, vou fechar um quarto compartilhado e colocar tu e tu exposa lá, na mordomia, com um quarto só pra voxêis!

- Mas minha reserva era uma suíte. Não vejo vantagem nenhuma.

- Mah teu quarto tá alugado, pô! Se liga na oferta aí, pô! Vô pedir pra menina arrumar uma chave do banheiro, que fica a doix paxos do quarto, e tu vai ter a privacidade que tu quer!

- Não quero! Fiz a reserva de uma suíte com banheiro privativo. Não quero nada compartilhado.

- Então, meu amigo, tu se fudeu porque não tenho outro quarto e não tenho como te hoxpedar. E uma suíte em Copabacana não fica menox de 250 reaix (Sotaque Carioca mode OFF).

Aí meu sangue ferveu de vez.

Soltei palavrões com o cara, mandei ele pra lugares impublicáveis e juntei minhas coisas, ligando pro Booking novamente.

- Senhor, já que não houve acordo, vamos te realocar. O mais próximo do senhor em que há vagas disponíveis é um hotel 4 estrelas, e tem a categoria de quarto que o senhor escolheu com ar condicionado, localização melhor e mais próximo da praia. O senhor teria que pagar o valor da diária do hotel, mas depois é só pedir o reembolso que iremos devolver o valor que está sendo pago a mais do que a reserva anterior do Hostel.

Até que enfim uma noticia boa né? Fomos pro Hotel e tudo certo. Boa estrutura, pessoas educadas que não queriam me passar pra trás e uma ótima localização.

Ainda por cima, ganhamos um ticket de desconto e que dava direito a duas bebidas em um restaurante próximo!

Fomos almoçar lá (15:30) e assim que dei a primeira golada no Chopp pensei que finalmente a parte ruim do meu dia havia chegado ao fim e que eu estava, enfim, no Rio.

Mas assim que saí do restaurante, já sentia fincadas na barriga e um mal estar danado, quase não dando tempo de chegar ao quarto e ao banheiro.

Aliás, acho que este quarto do hotel terá que ser demolido e construído outro no local porque acredito que nunca antes na história desse país alguém usou esse banheiro tanto quanto eu usei.

Resumindo o resultado do meu almoço: Diarréia, diarréia, diarréia, vômito, diarréia, vômito, diarréia, diarréia e assim vai...

Aliás, nunca tinha vomitado tanto na minha vida. Acredito até que vomitei coisas que comi em duas encarnações anteriores.

E quando a Namorada resolveu ir jantar e eu pensei que daria conta de tomar ao menos uma sopa, não consegui tomar sequer uma lata de Coca. Tava fraco, desidratado, tonto e com estado febril.

Sai do restaurante e passei numa farmácia para medir a temperatura e descobrimos um hospital da Unimed, ali pertinho do hotel. E ainda atendia Unimed-BH! Graças a Deus!

Constataram a febre, a desidratação e fui devidamente medicado com rapidez. Ainda fizeram um exame de sangue e descobriram um quadro de infecção.

Olha que fim de semana bacana!

Enquanto estava no soro, a Namorada diz:

- É! Acho que esse dia vai pro seu blog né?

- Com certeza né! E eu já tenho até a categoria pra arquivar o texto né? Vai lá pro “Coisas que só acontecem comigo”.


Guilherme Cunha. Ex-advogado. Futuro escritor. É apenas mais um trabaiadô,doutô. Mais um nerd gordo que acha que é blogueiro. Apreciador de boa cerveja, boa música, boa conversa e de paciência Spider. Melhor jogador de War com as peças verdes. Siga-o no twitter: @guijermoacunha


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